A Igreja Velha empatou esta noite em casa frente ao Casal Velho, primeiro classificado do campeonato. O jogo foi equilibrado e o empate é justo. No final da partida os ânimos chegaram a aquecer bastante.
A partida colocava frente a frente o primeiro e o terceiro classificado. São duas equipas que se conhecem bem e que nos últimos anos têm disputado jogos sempre muito equilibrados.
E equilibrado é mesmo o melhor termo para definir o que se passou esta noite no pavilhão das Colmeias.
O jogo começou muito táctico, com as equipas a defenderem bem e a arriscar pouco. Notava-se o respeito mútuo. As oportunidades de golo foram raras por isso mesmo. Até aos 10 minutos de jogo não houve mais de 2 ou 3 oportunidades de golo, e chamar-lhes oportunidades é ser optimista.
Ainda assim, pertenceu à nossa equipa a primeira oportunidade, aos 5 minutos, pelo Huguito que rematou com muito perigo para a baliza do Casal Velho.
Só a 5 minutos do final da primeira parte surgiu o primeiro golo. Precisamente pelo Huguito que, dentro da área, recebeu a bola de costas para a baliza, rodou sobre o adversário que o marcava e rematou para o 1-0.
Até ao final, o jogo manteve-se numa toada de muita concentração defensiva e pouca criatividade no ataque.
Na segunda parte, as equipas entraram da mesma forma e o jogo parecia que não tinha sido interrompido. Nenhum dos ataques das equipas se conseguia sobrepor à defesa contrária.
E só não foram penosos os primeiros 10 minutos da segunda parte porque em campo estavam duas das melhores equipas do campeonato, com bons executantes e com toque de bola que é agradável de assistir. Mas oportunidades claras de golo nem velas...
Ao longo da segunda parte a nossa equipa foi acumulando faltas muito rapidamente. De tal forma que, quando ainda faltavam 7 minutos para jogar, atingimos a 5ª falta. Se o jogo não estava a ser nada fácil, pela qualidade do adversário, pior ficou com os nossos jogadores a terem de se retrair muito nas disputas de bola.
Sabendo da pressão extra a que a nossa equipa estava sujeita, o adversário acelerou o jogo e procurou chegar ao golo do empate. E chegou mesmo, pouco mais de um minuto depois. Num livre à entrada da nossa área, os jogadores do Casal Velho conseguiram empatar a partida.
Poucos segundos volvidos e o Fábio podia ter colocado a nossa equipa novamente em vantagem. Num remate violento, colocou a bola mesmo na junção entre o poste e a barra. Momento de azar para a nossa equipa.
Foi a partir desta altura que o jogo ganhou intensidade. As equipas começaram a arriscar mais para tentar marcar o segundo golo e vencer o jogo. As oportunidades começaram a surgir com maior cadência. No banco do Casal Velho fazia-se muita pressão sobre os árbitros, a cada lance mais disputado, para que este marcasse a 6ª falta.
Por falar na dupla de arbitragem, diga-se que até a esta altura se estavam a comportar muito bem, sem grandes erros, embora também seja verdade que com grande colaboração dos jogadores de ambas as equipas, que não lhes dificultavam o trabalho.
Ora nos últimos dois minutos da partida tudo aqueceu. O jogo, os bancos, as bancadas, toda gente. Houve mais dois lances de muito perigo para cada equipa. Num deles, a 30 segundos do fim, o Micas surge isolado frente ao guarda-redes do Casal Velho mas não consegue marcar o segundo golo.
Quando faltavam apenas 7 décimas de segundo para o fim do tempo regulamentar (sim, leu bem, 7 décimas, menos de 1 segundo), num lance perfeitamente normal em que dois jogadores se encostaram um ao outro longe da nossa baliza, um dos elementos da equipa de arbitragem "descobriu" uma falta contra nós. Era a 6ª falta e consequente livre directo. Chamem-lhe o que quiserem mas falta com certeza não foi. E tinha a agravante de poder mudar todo o jogo, a 7 décimas de segundo do final.
Na marcação do livre, felizmente, não surgiu nenhum golo já que o BA, que esteve mais uma vez muito bem na baliza, conseguiu defender a bola para canto. E acabou o jogo? Não! Acrescentando mais uma enorme asneira na prestação dos árbitros esta noite, que relembro estiveram muito bem até quase ao final, ainda marcaram o canto.
Eram gerais, e bem altos, os assobios que vinham dos revoltados adeptos que estavam nas bancadas. Muita confusão com os bancos e com os jogadores e até com a mesa que também ajudou à "festa" ao não indicar o sinal sonoro do fim do tempo regulamentar.
Do canto também não surgiu nada, o que veio trazer justiça ao que se tinha passado no campo. Mas com o duplo erro da equipa de arbitragem o resultado final poderia ter sido outro, o que desvirtuava completamente a partida. Que tenham sido apenas 5 segundos maus desta dupla.
O resumo já ficou feito: resultado justo por aquilo que as duas equipas jogaram e pelas oportunidades que criaram.
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