Em jogo a contar para a 12ª Jornada do Campeonato Distrital da Divisão de Honra, a equipa de futsal da Igreja Velha deslocou-se a noite passada a Atouguia da Baleia para golear o Sporting Clube da Estrada por 1-9. Nuno Guarda fez um hat-trick, Micas e BA bisaram, Fábio e Huguito marcaram os restantes golos.
O Pavilhão da Escola Secundária de Atouguia da Baleia recebeu, na noite passada, as equipas do SC Estrada e da ACD Igreja Velha para um dos jogos de abertura da 12ª jornada do campeonato.
O jogo até começou equilibrado, com a equipa da casa a querer mostrar aos seus adeptos que era melhor do que aquilo que a classificação mostrava, onde ocupa o último lugar com apenas 2 pontos. E até começaram com garra e a defender em bloco, bastante concentrados.
A nossa equipa foi fazendo o seu jogo, com calma, talvez confiando que era uma questão de tempo até conseguir marcar o primeiro golo. Mas os visitados estiveram, por vários minutos, melhores no jogo, e até lhes pertenceu a primeira oportunidade de golo.
Em ritmo lento, a Igreja Velha não acertava com o caminho da baliza adversária e os minutos iam decorrendo. O SC Estrada ia ganhando confiança embora o jogo começasse a demonstrar o porquê de ocuparem o último lugar na tabela. Apenas um dos seus jogadores mostrava capacidade para desequilibrar com a maioria dos restantes a denotar grandes carências técnicas, nomeadamente na recepção e controlo da bola. Acumulavam-se os passes falhados e as bolas perdidas.
Foi só aos 12 minutos da primeira parte que surgiu o primeiro golo, para a nossa equipa, numa jogada de contra-ataque que o BA finalizou. Estava aberto o marcador.
Ainda resistiu mais alguns minutos a equipa do SC Estrada. Quatro, mais precisamente. É que foi aos 16 minutos que a resistência e a moral dos visitados quebrou. Numa excelente jogada de entendimento entre BA, Tony e Micas, este último surge à frente da baliza para fazer o 0-2.
Menos de 1 minuto volvido, o Huguito sai sozinho em contra-ataque e nem precisou de mais ajuda para colocar a bola entre as pernas do guarda-redes contrário e fazer o 0-3.
Balanceou-se, desnorteada, a equipa do SC Estrada para o ataque e, num lançamento longo, o nosso guarda-redes João coloca a bola no Fábio que de cabeça faz um chapéu ao guarda-redes adversário. Estava feito o 0-4 com que terminou a primeira parte.
Por esta altura já começava a emergir na partida um protagonista inesperado: o oficial de mesa. Mesmo após insistentes avisos da bancada, o senhor não se apercebeu (ou não quis admitir?) que estava a usar mal o marcador do jogo, marcando os golos da partida no sitio das faltas e vice-versa.
Na segunda parte a nossa equipa sirgiu novamente em ritmo lento. O frio e a oposição adversária talvez tenham ajudado. E foi tal o relaxamento que a equipa da casa conseguiu mesmo marcar, aos 5 minutos, e reduzir para o 1-4. Ainda teve, nos minutos seguintes, mais algumas ocasiões claras para reduzir o marcador, mas não soube aproveitar.
A meio da segunda parte, aos 10 minutos, surge o 1-5 através do Micas, depois de boa jogada individual do BA que sentou um jogador e o guarda-redes adversário para entregar a bola de bandeja ao nosso número 10.
A nossa equipa voltava a controlar o jogo a seu bel-prazer.
Três minutos mais tarde, aos 13 da segunda parte, o Nuno faz o seu segundo na partida com um toque de habilidade em frente à baliza, após passe do Micas.
Numa réstia de esperança, a equipa do SC Estrada ainda tentou jogar de 5 para 4 contra nós, o que se revelou um enorme erro já que sofreu mais 2 golos com esta estratégia. Primeiro foi BA, aos 14 minutos, que rematou para a baliza deserta do adversário e depois o Nuno, da mesma forma e no minuto seguinte.
Nesta altura revelou-se ao mais alto nível a teimosia do oficial de mesa. Como estava a marcar os golos com os marcadores (em papel) das faltas chegou à (brilhante) conclusão que estes números só iam até ao 6. E como a Igreja Velha já tinha marcado 8 golos não havia forma de assinalar o resultado a não ser trocar os papeis com que marcava as faltas com os papeis com que marcava os golos. A questão é que nunca o fez! Deixou o marcado tal e qual como estava, ouvindo um pavilhão inteiro a avisar do erro e sorrindo para assistência, sem querer dar a mão à palmatória que tinha errado. Haja teimoso! E os árbitros também não fizeram nada para corrigir a situação.
Até ao final da partida só houve mais um lance de destaque: o terceiro golo do Nuno e 9º da nossa equipa, que fechou o resultado final num 1-9.
Em conclusão pode-se dizer que foi um jogo com um resultado melhor que a exibição, onde a nossa equipa cumpriu a sua obrigação sem grandes dificuldades.