No último jogo de 2011, a Igreja Velha recebeu a equipa da UD Caranguejeira e sofreu uma derrota por 5-7, num jogo que deixou marcas nos jogadores.
Foi no passado sábado, pelas 19 horas, que a Igreja Velha defrontou a equipa da Caranguejeira, no Pavilhão das Colmeias. As equipas estavam separadas apenas por 1 ponto e o jogo prometia ser de emoções fortes, o que veio a acontecer.
O jogo começou com claro domínio da nossa equipa, a assumir as despesas do jogo. Com a equipa balanceada no ataque, o adversário praticamente só defendia, ensaiando saídas rápidas em contra-ataque.
O primeiro golo surgiu através do BA, a responder com eficácia a um centro e a rematar para o 1-0. O mesmo BA, poucos minutos depois, teve a infelicidade de marcar na nossa baliza, ao tentar aliviar uma bola, dentro da área. O resultado não era justo, nesta altura.
Aos 10 minutos de jogo, numa bela jogada pela esquerda do nosso ataque, o Huguito conseguiu libertar-se de 2 jogadores adversários e centrar para a área onde apareceu o Micas que empurrou para dentro da baliza e fez o 2-1.
O jogo parecia, nesta altura, controlado. Ainda assim, eram cada vez mais frequentes as saídas rápidas do adversário, em contra-ataque, que começavam a causar muito perigo para a nossa baliza.
Quando o jogo parecia que ía chegar ao intervalo com uma vitória pela margem mínima, surge o golo do empate a apenas 39 segundos do período de descanso. Um remate colocado de fora da área, que ainda bateu no poste, igualou o resultado.
Para a segunda parte adivinhava-se muita emoção. Só que ninguém estava à espera que fosse tanta!
A partida até recomeçou equilibrada. Verificava-se o mesmo que tinha acontecido durante todo o período da 1ª parte: a Igreja Velha a atacar e a Caranguejeira a sair em contra-ataques rápidos.
Em abono da verdade, era a equipa adversária que parecia estar mais próximo do 3º golo. A nossa equipa procurava, sem grande imaginação, colocar-se novamente em vantagem e a Caranguejeira saía em contra-ataques cada vez mais venenosos. E foi desta forma que, aos 7 minutos da segunda parte, chegaram mesmo ao 2-3. Perdemos a bola no ataque e não recuperamos a tempo para nos reposicionar-mos na defesa, sofrendo mais um golo.
A última frase quase que se poderia repetir para os restantes golos da Caranguejeira, já que a "receita" foi sempre igual até ao 7º golo.
O 2-4 surgiu aos 10 minutos de jogo. Como? Como já foi dito.
Apenas 10 segundos depois, a bola bate na mão de um adversário dentro da sua área. Penalti que o Huguito não desperdiçou. Estava feito o 3-4. E ressurgia alguma alma na nossa equipa.
Aos 15 minutos da segunda parte, mais um balde de água fria nas nossas aspirações para este jogo. Da mesma forma de os anteriores, a Caranguejeira faz o 3-5.
Desta vez a nossa equipa parecia não ter soluções para inverter o rumo do encontro, enquanto que o adversário ganhava cada vez mais ânimo. Associado a este ânimo, foi utilizando um jogo mais agressivo, o que resultou em faltas (rapidamente chegaram à 5ª) e em algumas lesões para os nosso jogadores. Que o diga o Gonçalo. Uma pisadela obrigou o nosso jogador a sair lesionado do campo e a ter que se deslocar ao hospital, com suspeitas de um dedo do pé partido.
Em resultado do acumular de faltas do adversário, a 2 minutos do final, a Igreja Velha teve oportunidade de reduzir a desvantagem. Com a 6ª falta, foi marcado um livre de 10 metros que o Fábio converteu. Estava feito o 4-5. Ainda havia 2 minutos para jogar, o que, no futsal, pode ser tempo suficiente para ocorrer muita coisa.
Só que, mais uma vez, a nossa equipa descurou os aspectos defensivos e apenas 30 segundos depois sofremos mais um golo. E da mesma maneira de sempre. Estávamos novamente com 2 golos de desvantagem.
A apenas 30 segundos do fim, o adversário fez outra vez falta e o Fábio marcou novamente um livre de 10 metros. Só que desta vez acertou no poste.
Apenas 6 segundos depois deste lance, conseguimos marcar o 5-6, através do Rui Maduro.
Faltavam 24 segundos para o final e era o tudo por tudo. Mas as pernas já não ajudavam e jogava-se mais com o coração que com a cabeça.
Na última jogada do encontro, mais uma vez em contra-ataque, um jogador da Caranguejeira conseguiu fintar o nosso guarda-redes, que teve de sair da baliza, e centrou para a área onde um colega só teve de empurrar para dentro da baliza deserta. Diga-se que a bola só entrou depois do sinal sonoro do fim da partida e como tal o golo não deveria ter sido contabilizado, mas foi.
Resultado final de 5-7 que premeia uma equipa da Caranguejeira que defendeu sempre bem e soube fazer os seus golos aproveitando os erros da nossa equipa.
Para nós fica um amargo de boca mas que deve servir de lição para não se repetirem erros defensivos como aqueles que cometemos nesta partida.
Em conclusão, e somando todas as variáveis da partida, o resultado foi justo.
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